Preço da habitação continua a subir em Portugal
O preço das casas tem vindo a crescer a um ritmo alucinante nos últimos anos, com a retoma dos mercados económicos após a crise. Segundo um estudo da Escola de Negócios IÉSEG da Universidade Católica de Lille em França, considerando o período entre 2013 a 2018, o preço da habitação em Portugal cresceu, neste período, a um ritmo médio acumulado 32% superior aos rendimentos de uma família média, composta por dois adultos com o salário médio e dois filhos a cargo.
Este estudo permite compreender a disparidade entre a evolução do poder de compra de imobiliário pelos habitantes de um país, conforme explica o estudo:
“Para avaliar se a aquisição de uma habitação se tornou demasiado onerosa num determinado país, tendo em conta o orçamento dos agregados familiares, convém comparar o aumento dos preços face ao dos rendimentos”.
No entanto, de acordo com este estudo, Portugal não vive o pior cenário. Na Irlanda, a diferença entre a taxa de crescimento dos preços das casas e a taxa de crescimento dos rendimentos líquidos de uma família média, ultrapassa os 60%.
Previsões mantém subida dos preços
O preço das casas em Portugal continua a subir, e segundo projecções da agência de notação financeira Moody’s, que prevê para o próximo ano uma subida de 4% no preço da habitação. No entanto ressalva-se a indicação de que a concessão de crédito à habitação deverá abrandar.
Nas conclusões divulgadas pela agência de “rating” Moody’s, o país que deverá ver maior subida no preço da habitação é Espanha, com uma previsão de 5,5%, seguindo-se a Irlanda e a Holanda com 4,5%, seguidos de Portugal e Alemanha com 4%. Os países que deverão ver menos alterações segundo o estudo da agência são a França, com 2,5%, o Reino Unido com 0,7% e finalmente Itália, onde o preço das casas deverá manter-se estagnado.
Finalmente esta agência prevê ainda “algum declínio em empréstimos brutos para hipotecas”, assim como que “a subscrição de crédito ao consumo permaneça inalterada”. Em relação aos empréstimos pendentes, a Moody’s espera uma “performance estável do colateral”, e que o desemprego continue a “descer ligeiramente” para os 6%.
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